Ontem, quando terminei a aula de Sociologia lá no gragoatá, por volta das 18h, tava indo, como sempre, rumo ao meu carro pra ir pra casa. Eis que no caminho encontrei dois alunos queridíssimos, Lia Ribeiro e o Paulo Régis, e eis que nos pegamos num conversê sobre temas vários, vida, política, projetos. Foi ótimo. Ficamos nessa conversa-troca muito agradável e produtiva, meio do nada, até 19h.
E aí me lembrei que quando entrei na UFF, em 2003, como bolsista PRODOC, encontrei essa possibilidade. De conversar, trocar, ter tempo pra aprender e crescer junto. Lembro que no meu Laboratório (LAMI), muita gente passava pra conversar, alunos, orientandos meus ou não, da pós ou da graduação, professores, amigos, enfim, era um ponto de encontro recorrente. O grupo de estudos (GRECOS) tinha um lugar aconchegante, um "próprio", no sentido do Certeau, importante para constituir sua identidade. Perdíamos/ganhávamos tempo convivendo lá. As pessoas passavam porque sabiam que iam me encontrar. Então, pensei na época que universidade também era isso, um lugar pra se sentar, conversar, trocar... enfim, tenho certeza de que essa num é só uma memória minha, o LAMI, nesse período, foi importante pra muita gente. Pena que isso, por agora, acabou.
Pois o LAMI, com as formas de socialização que nele ocorriam, foi engolido pela burocracia. Sucessivas reformas no espaço acabaram fisicamente com o laboratório, por agora sem pouso. Pra implementá-lo, só com muito tempo e disputa. Cansaço.
No entanto, ele faz falta, não pelos equipamentos ou pelo aporte para material de pesquisa, isso pode ser virtual, ser na minha casa, em qq laptop. Mas faz falta esse ponto de sociabilidade que faz da universidade o lugar de trocas múltiplas, como a que tive ontem com Lia e Paulo. Senti falta. E lamentei.
Acho que isso é parte do extremo fosso entre visões de mundo acerca do que significa a universidade, a maneira com que se pensa o espaço e sua distribuição. Processo complexo, do qual esse lamento é apenas uma parte.
E aí me lembrei que quando entrei na UFF, em 2003, como bolsista PRODOC, encontrei essa possibilidade. De conversar, trocar, ter tempo pra aprender e crescer junto. Lembro que no meu Laboratório (LAMI), muita gente passava pra conversar, alunos, orientandos meus ou não, da pós ou da graduação, professores, amigos, enfim, era um ponto de encontro recorrente. O grupo de estudos (GRECOS) tinha um lugar aconchegante, um "próprio", no sentido do Certeau, importante para constituir sua identidade. Perdíamos/ganhávamos tempo convivendo lá. As pessoas passavam porque sabiam que iam me encontrar. Então, pensei na época que universidade também era isso, um lugar pra se sentar, conversar, trocar... enfim, tenho certeza de que essa num é só uma memória minha, o LAMI, nesse período, foi importante pra muita gente. Pena que isso, por agora, acabou.
Pois o LAMI, com as formas de socialização que nele ocorriam, foi engolido pela burocracia. Sucessivas reformas no espaço acabaram fisicamente com o laboratório, por agora sem pouso. Pra implementá-lo, só com muito tempo e disputa. Cansaço.
No entanto, ele faz falta, não pelos equipamentos ou pelo aporte para material de pesquisa, isso pode ser virtual, ser na minha casa, em qq laptop. Mas faz falta esse ponto de sociabilidade que faz da universidade o lugar de trocas múltiplas, como a que tive ontem com Lia e Paulo. Senti falta. E lamentei.
Acho que isso é parte do extremo fosso entre visões de mundo acerca do que significa a universidade, a maneira com que se pensa o espaço e sua distribuição. Processo complexo, do qual esse lamento é apenas uma parte.
Esperamos por novos encontros do GRECOS, nem que tenhamos que encontrar uma nova casa. Afinal, Mídia também não achou um novo lar? Quer dizer... vai achar também.