Karina Limeira Brandão, mais conhecida como anaenne:
Violão sempre foi uma coisa marcante na minha história. Muitas horas tocando, amigos em volta, muita cantoria pra desanuviar a alma, rir, chorar, deixar fluir, bagunçar... agradeço mt por minha mãe Maria Lucia não ter me deixado desistir depois de um ano tocando só "Noite Feliz" (mas eu gostava do professor, Clovis, falava várias línguas, me ensinava ciências, golpes de karatê, me deu um elefante de porcelana que tenho até hoje, era meio doido mas era legal, só não sabia ensinar violão hahahaha. Mas me ensinou o pouco que sei de teoria musical, e me ajuda bastante)... Pessoa boa, minha mãe se matriculou comigo nas aulas do professor Celso pra gente aprender junto. Aí a coisa andou e nunca mais parou. Violão me lembra viajar, minha amiga Pri, meus amigos de todas as fases da vida, EAC (Encontro de Jovens com Cristo, sim, eu fazia!), jogo de corda na bolsa, revistinha com cifras, festivais da canção... tive um trovador meio preto que amava, depois um di giorgio braço 16 que era a perfeição (a gente chamava de ursinho pq povo do EAC colou adesivo de urso nele hahahaha), depois um giannini que era horrível mas tá vivo até hoje lá no ap de cabofrio, depois um di giorgio 18 q me acompanhou por anos e tá quebrado aq em casa mas ainda planejo consertar, e finalmente esse di giorgio 18 q amada Dani Brasiliense me deu mas não lembra ter feito isso mas que fez, fez... ele é maravilhoso, afino o bichinho em sol pra tocar bem grave e vou dando forma pras músicas que amo do meu jeito. :)

Fiquei uns anos sem tocar violão. Por diversos motivos. Mas nos últimos anos porque tava sofrendo com tendinite na mão esquerda e depois a artrite no ombro direito. Aí veio a terapia (obrigada, Lucio!) e me fez retornar no caminho pra mim mesma. Aí veio o lian gong/acupuntura (obrigada, Rodnei!) e me libertou. Aí vieram os incentivos do afeto e cá estou eu de novo, tocando que é uma beleza, me divertindo e me sentindo uma aprendiz novamente. Música é coisa maneira, né? A gente começa e quando vê aquilo toma conta da gente.

Este post memória é tb agradecimento. Montei um kit em torno do regresso do violão na minha vida que é puro afeto, fruto de presentes de pessoas que amo muito e me amam muito. Aí me emociona só de pegar nele, mesmo antes de tocar. :)


O violão, já falei, presente da Dani. O kit fica guardado nessa bolsa vermelha motivo signo de áries coisa mais linda que ganhei de Ohana. Dentro, o caderno motivo coca-cola que me dei de presente em 2010 já visando voltar a tocar (tive que esperar muito antes de concretizar esse desejo, acho que isso aumentou ainda mais o prazer que sinto agora a cada letrinha colocada nesse caderninho) abriga as letras/cifras que vou colocando a mão, bem artesanalmente. As canetas coloridas com que escrevo letras e cifras (pegando na internet e na memória e modificando pra ficar do jeito que gosto) são presente de Lid, Dani, Tira e Ninha. Ficam dentro do estojo motivo allstar presente de Mari Baltar. Junto das canetinhas, antiga palheta e afinador eletrônico, presente de mano Luiz. As cifras novas são colocadas no caderninho de cifras presente de Marina e Rê. Pra criar tumulto, os carimbos de Like e Deslike, presentes de Tira e Ninha, ficam do lado pro povo avaliar as músicas tiradas, hahahaha. Dois cadernos, um presente lindo de Lia Bahia, abrigam o índice das músicas e seus intérpretes.





Não é muita riqueza de afeto e amor, Brazil?! Agradeço muito. Tá sendo mágico voltar a tocar e tirar música sistematicamente, por longas horas, me divertindo muito. Nesses tempos difíceis em que o mundo parece mais louco do que antes, tem sido fundamental pra manter a sanidade. Quem sabe ainda volto a compor? ;)