Como já comentei em outros lugares, "Pai Herói", a minha novela preferida, está sendo reprisada no canal Viva. Dela veio o pseudônimo Karina Limeira Brandão, personagem de La Savalla, lindíssima como a bailarina problemática, com que assino esse blog e que já me serviu de pseudônimo em festivais de poesia, trotes, cartas para jornais e outros momentos alteregóicos múltiplos... André Cajarana e Ana Preta, tipos inesqueciveis de Tony Ramos e Gloria Menezes, foram por muito tempo meus personagens preferidos, símbolos de justiça, pureza, força, luta, coragem. Na reprise, assisto embevecida e emocionada o quanto essa percepção permanece. E que maga essa Janete Clair! Essa semana um aluno amado, o querido Abrahão, apaixonado por novela que nem eu, me escreveu pra falar o quanto estava comovido com Pai Herói. E sobre Janete afirmou: "Janete escrevia muito bem, sabia escrever pro povo". Exatamente! Que talento, minha gente! Tanto que quase quarenta anos depois (a novela é de 1979) a novela segue emocionando e falando com um jovem estudante de midia, na faixa dos seus 20 anos. Não é formidável? Gênio, "usineira de sonhos", a maior, imbatível, viva Janete!!!
Anos depois, muitos, li e me emocionei com "As ilusões perdidas", clássico de Balzac. E quando li tive a sensação de que já tinha tido o impacto de acompanhar as desilusões de Lucien de Rubempré, personagem principal do romance, chegando na cidade grande cheio de sonhos e inocência, e aos poucos sendo devorado pela maldade e perversidade daquele mundo, perdendo suas ilusões. Agora, revendo a novela, sei de onde veio minha sensação de deja vu quando li o livro. André Cajarana era o nosso Lucien de Rubempré! E com um show de interpretação de Tony Ramos, que conseguiu encenar essa passagem dura da vida entre o olhar inocente e a aquele depois das lambadas do mundo.
Mas com uma diferença: nossa maga num ia deixar a gente sem esperança, não. Nosso André Cajarana amadurece, sofre, se endurece, mas não perde sua bondade e vontade de justiça. As ilusões perdem força, mas não desaparecem. Novelas e suas redenções no final... Balzac que me desculpe, mas prefiro assim... ;)
PS: e "Alouette", canção com Denise Emmer, é linda. Na época o povo reclamou, dizia que era nepotismo pq ela era filha do Dias Gomes, que a música era chata, que ela cantava mal... olha, gente chata. Música linda e casa perfeitamente com a personagem Karina e seus dramas.
Anos depois, muitos, li e me emocionei com "As ilusões perdidas", clássico de Balzac. E quando li tive a sensação de que já tinha tido o impacto de acompanhar as desilusões de Lucien de Rubempré, personagem principal do romance, chegando na cidade grande cheio de sonhos e inocência, e aos poucos sendo devorado pela maldade e perversidade daquele mundo, perdendo suas ilusões. Agora, revendo a novela, sei de onde veio minha sensação de deja vu quando li o livro. André Cajarana era o nosso Lucien de Rubempré! E com um show de interpretação de Tony Ramos, que conseguiu encenar essa passagem dura da vida entre o olhar inocente e a aquele depois das lambadas do mundo.
Mas com uma diferença: nossa maga num ia deixar a gente sem esperança, não. Nosso André Cajarana amadurece, sofre, se endurece, mas não perde sua bondade e vontade de justiça. As ilusões perdem força, mas não desaparecem. Novelas e suas redenções no final... Balzac que me desculpe, mas prefiro assim... ;)
PS: e "Alouette", canção com Denise Emmer, é linda. Na época o povo reclamou, dizia que era nepotismo pq ela era filha do Dias Gomes, que a música era chata, que ela cantava mal... olha, gente chata. Música linda e casa perfeitamente com a personagem Karina e seus dramas.