Conheci Córdoba, na Argentina, neste julho de 2013. Gostei muito da cidade, fácil de andar, plana, bonita, com pessoas receptivas e simpáticas. Mas passei um sufoco grande nos dois últimos dias, com uma infecção intestinal dos infernos, uma virose, sei lá, ainda to me recuperando com quatro dias de mal-estar, foi sinistro, muita diarréia, vômito, febre, calafrio, desidratação, desvario, foi brabo mesmo. Inverno tem dessas coisas, todo mundo muito junto, lugares fechados, aumenta a chance de contágio. Mas sofri, viu?
Mas mesmo tendo dado uma descidinha ao inferno, hehe, não foi suficiente para afastar as boas impressões da cidade, aliás, profundamente marcada pela memória religiosa. Os principais monumentos são igrejas e conventos, todos literalmente monumentais, de uma grandiosidade marcante. Deu, portanto, pra sentir o gostinho do céu antes da queda, hehe. ;)
A comilança também celestial, como sempre na Argentina. Carne e doces, ai, ai... mas observei que poucos são obesos, o que me indica que mesmo com alimentação mais pesada conseguem eliminar as gorduras extras. Caminham muito? Academia de ginástica num pode ser, quase não existem. É o mate que é digestivo? Viroses? hehe... Enfim, mistério... mas também fiquei feliz porque, ao contrário de quase todos os lugares no Brasil, minha obesidade (e lá claramente distintiva) era sumariamente ignorada. Ninguém me olhou de forma ambígua ou direta, como é comum aqui no Rio, especialmente quando comia feliz meu alfajor. Assim é o preconceito cotidiano, só realmente percebemos o quanto ele é presente quando nos surpreendemos com sua não existência em outros lugares.
Fui para Córdoba participar da RAM, congresso na área da antropologia que reúne povaréu do mercosul. O congresso é gigantesco e tava meio caótico. Mas meu GT, na área de Juventude, foi bom pra caramba, o que muito me alegrou. Aprendi e troquei muito. :)
Mais pontos positivos da viagem: táxi muito barato, não só para o visitante mas para o local; ruas limpas e bem sinalizadas; praças bonitas (um pouco mal cuidadas, praga de pombos!) e sempre ocupadas pelos moradores e turistas. Gostei das águas dançantes, no Paseo del Buen Pastor, e da igreja dos Capuchinhos, lindíssima.Não pude ir no Paseo de las Artes, na feira de artesanato e antiguidades que rola nos findes, nem no Parque Sarmiento, o principal da cidade, porque passei mal exatamente no dia livre para isso. Mas os amigos foram e adoraram, então, tá na recomendação.
No dia em que passei mal, fui conhecer o Museu da Memória dos desaparecidos de Córdoba. Tenho cá pra mim que foi parte do meu problema de saúde, porque saí de lá muito mal. Sei da importância de preservar a memória para não esquecermos, mas não tenho saúde para entrar no seio da maldade. Isso me dilacera. Mas, sim, é importante conhecer. Mas, não, nunca mais entro em um memorial dessa natureza. Aquilo sim era o inferno em meio ao paraíso. Tristíssimo.
Mas mesmo tendo dado uma descidinha ao inferno, hehe, não foi suficiente para afastar as boas impressões da cidade, aliás, profundamente marcada pela memória religiosa. Os principais monumentos são igrejas e conventos, todos literalmente monumentais, de uma grandiosidade marcante. Deu, portanto, pra sentir o gostinho do céu antes da queda, hehe. ;)
A comilança também celestial, como sempre na Argentina. Carne e doces, ai, ai... mas observei que poucos são obesos, o que me indica que mesmo com alimentação mais pesada conseguem eliminar as gorduras extras. Caminham muito? Academia de ginástica num pode ser, quase não existem. É o mate que é digestivo? Viroses? hehe... Enfim, mistério... mas também fiquei feliz porque, ao contrário de quase todos os lugares no Brasil, minha obesidade (e lá claramente distintiva) era sumariamente ignorada. Ninguém me olhou de forma ambígua ou direta, como é comum aqui no Rio, especialmente quando comia feliz meu alfajor. Assim é o preconceito cotidiano, só realmente percebemos o quanto ele é presente quando nos surpreendemos com sua não existência em outros lugares.
Fui para Córdoba participar da RAM, congresso na área da antropologia que reúne povaréu do mercosul. O congresso é gigantesco e tava meio caótico. Mas meu GT, na área de Juventude, foi bom pra caramba, o que muito me alegrou. Aprendi e troquei muito. :)
Mais pontos positivos da viagem: táxi muito barato, não só para o visitante mas para o local; ruas limpas e bem sinalizadas; praças bonitas (um pouco mal cuidadas, praga de pombos!) e sempre ocupadas pelos moradores e turistas. Gostei das águas dançantes, no Paseo del Buen Pastor, e da igreja dos Capuchinhos, lindíssima.Não pude ir no Paseo de las Artes, na feira de artesanato e antiguidades que rola nos findes, nem no Parque Sarmiento, o principal da cidade, porque passei mal exatamente no dia livre para isso. Mas os amigos foram e adoraram, então, tá na recomendação.
No dia em que passei mal, fui conhecer o Museu da Memória dos desaparecidos de Córdoba. Tenho cá pra mim que foi parte do meu problema de saúde, porque saí de lá muito mal. Sei da importância de preservar a memória para não esquecermos, mas não tenho saúde para entrar no seio da maldade. Isso me dilacera. Mas, sim, é importante conhecer. Mas, não, nunca mais entro em um memorial dessa natureza. Aquilo sim era o inferno em meio ao paraíso. Tristíssimo.